Há uns meses surgiu uma discussão nos fóruns sobre o editor WYSIWYG - basicamente o bloco de interface que permite adicionar texto e elementos multimédia em praticamente todos os [grandes] campos do Moodle.

Se ao longo do tempo foi primeiro adoptado o TinyMCE e a certa altura o core passou a ter como editor padrão o Atto esta foi uma mudança sempre difícil para o Moodle HQ. Basicamente tratava-se de um editor desenvolvido e mantido pelo próprio HQ, versátil na medida em que era possível desenvolver plugins específicos, mas assente numa tecnologia agora abandonada (YUI).

Como se compreende, fará muito mais sentido ter todos os esforços de desenvolvimento direccionadas para as funções de LMS do que dispersar e ter de dispender recursos a desenvolver, manter e atualizar um bloco tão basilar na UX/UI como um editor de texto que está presente em tudo.

Desta forma, foi tomada a decisão de adoptar um novo editor de texto, curiosamente o TinyMCE, agora na versão 6.

Concordando completamente com as justificações e olhando para a demonstração parece-me de facto um editor muito limpo e visualmente bastante aproximado à interface do MS Word, algo que toda a gente conhece o que parece sensato.

Existem as questões dos plugins que foram desenvolvidos anteriormente para o Atto e que podem deixar de ser uma necessidade ou, em última análise, adaptados para o TinyMCE. Além disso, é infeliz que um dos últimos projetos promovidos pela MUA tenha sido a melhoria dos índices de acessibilidade do Atto, mas nunca se sabe o que o futuro trará.

Felizmente o developer responsável pela investigação e implementação do editor é um dos mais experientes na equipa do HQ e podemos certamente estar descansados sobre o sucesso da implementação.

O que significa isto?

O plano para já passa por disponibilizar o editor novo na versão 4.1 - prevista para novembro de 2022 - como uma opção ao mesmo nível que o ATTO, embora seja este último a opção padrão. Mais tarde, eventualmente na versão 4.2, vai ser tornado o editor WYSIWIG padrão e só depois será retirado o ATTO. Isto quer dizer que será uma mudança gradual, mas seguramente proveitosa e não demasiado disruptiva para os utilizadores.